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Fonte: http://feraaa0001.blogspot.com.br |
Enquanto no início dos anos
noventa um militar iniciava uma tentativa mal sucedida de um golpe de
estado no vizinho país venezuelano, o Brasil caminhava sua pós
ditadura dando mais poder de opinião a arte musical. A repressão
que nas últimas décadas era evidente dessa vez dava espaço a um
som mais despreocupado com o teor das mensagens.
Com o tempo, um tal de Hugo Chávez começa a aparecer na mídia internacional. Dotado de um carisma pouco visto e ideias revolucionárias, ele iniciava uma alienação direta ao povo venezuelano com promessas de direitos justos e iguais; um novo socialismo. Nas terras brasileiras pouco se falava sobre o postulante a ditador. Diferentes dos de lá , os adolescentes daqui estavam vislumbrados com novas modalidades de som, e uma banda com nome de desenho animado já se inseria com força nesse contexto. O Charlie Brown Jr. contagiava pela linguagem solta e muitas vezes desbocada, mas principalmente por uma levada musical que era a cara do jovem noventista: livre.
Com o tempo, um tal de Hugo Chávez começa a aparecer na mídia internacional. Dotado de um carisma pouco visto e ideias revolucionárias, ele iniciava uma alienação direta ao povo venezuelano com promessas de direitos justos e iguais; um novo socialismo. Nas terras brasileiras pouco se falava sobre o postulante a ditador. Diferentes dos de lá , os adolescentes daqui estavam vislumbrados com novas modalidades de som, e uma banda com nome de desenho animado já se inseria com força nesse contexto. O Charlie Brown Jr. contagiava pela linguagem solta e muitas vezes desbocada, mas principalmente por uma levada musical que era a cara do jovem noventista: livre.
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Fonte: http://www.sajnoticias.com.br |
A
revolta contra Chávez alcançava fronteiras internacionais, causando
tremores diplomáticos e até mesmo discussões verbais em assembleias da ONU. No universo do vocalista da banda santista as
brigas eram braçais mesmo, em pleno aeroporto e envolvendo uma outra
grande banda da geração noventa: Los Hermanos. E como no governo
venezuelano, sua função era liderar custe o que custar e doa a quem
doer. Champion, seu baixista e grande “amigo” sentiu na pele essa
tese.
E
quando em um intervalo de menos de 24 horas são noticiadas as mortes deste dois curiosos integrantes da história recente de seus segmentos
(político e musical), é possível perceber que suas ideias ainda
serão muito disseminadas por seus seguidores. Uma Venezuela
endividada, refém de importações e com uma inflação
completamente abusiva aguarda o próximo governante, seja ele
chavista ou não. Já o rock nacional perde um de seus principais
representantes da atualidade sem possibilidade de uma sucessão.
Chorão tinha um estilo singular de compor e cantar mesmo sem muito
recurso vocal para isso. E embora fosse o rei de apologias a drogas e
sexo, não abria mão de tocar a alma com canções de acalanto ou
criticar políticos com melodias rebeldes. Quem diria que um trecho
de sua obra ilustraria tão bem o futuro de um país que depois da
perda de seu líder parece ainda não saber como seguir.
“Buscando um novo rumo que
faça sentido nesse mundo louco, com o coração partido.”
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