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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os presságios de uma crônica.

Para alguns motivo de chacota, para outros desespero inconsolável.


Fonte:Google.
  Mas ontem, após a queda palmeirense para a segunda divisão, senti algo estranho enquanto via as reportagens. Entre as lágrimas dos torcedores, não conseguia apenas dimensionar como seria  se acontecesse com meu time , mas também se a   nossa seleção nos desse tamanha decepção. É verdade que muitos preferem o clube do coração do que a camisa verde e amarela, ainda mais na fase em que estamos. O amor ao Santos, Internacional, Flamengo, Vasco, Fluminense, Corinthians e tantos outros, para muitos é mais intenso, mais dedicado. Acontece que fingimos fazer vista grossa para o Brasil e também desdenhar os jogos exibidos, talvez camuflando um medo do vexame em 2014.
    Há dois anos, a nossa Seleção sofreu mais uma eliminação na Copa do Mundo. Escrevi sobre ela e projetei sonhos, expectativas e críticas. Agora faço questão de postar e lançar uma pergunta no ar: será que acertarei ou apenas cultivarei a ilusão de um êxito? A crônica segue abaixo. Boa leitura!




Acabou... E começou.


Fonte: Blog do Apontador  http://blog.apontador.com.br


Não era exatamente como gostaríamos de ter conduzido este dia 02 de Julho de 2010. O melhor futebol do mundo está fora da copa. A pátria de chuteiras não tem mais chances de conquistar a mundialmente marcante competição do continente africano. Para a grande maioria dos brasileiros resta agora apenas a exaltação de uma frase: “A Argentina NÃO!”.
Nossa trajetória até o primeiro tempo das quartas de final, embora não tenha nos dado uma imensa certeza, nos deu uma ilusão: a crença de que poderíamos, sim, chegar ao hexacampeonato, mesmo com um time em extinção de grandes estrelas e magos da bola. Fomos com o coração. Um órgão imenso, regido por uma artéria que devido a sua constante pulsação quando jogador e capitão da seleção brasileira, todos sonhavam em vê-lo como técnico, mas acabou acumulando desestímulo e incompreensão quando isto, de fato, ocorreu. Também fomos com o pulmão de um xerife que respira seleção e honra a braçadeira que veste. Um comandante das quatro linhas que foi amparado por outros dois excelentes oficiais, Juan e Maicow, e um auxiliar que retornou ao seu posto de origem, voltando a ser um dos homens mais eficientes de sua tropa: Gilberto Silva. Também fomos com as mãos. Através de um goleiro que, literalmente, vestiu o verde e amarelo para mostrar com sua eficiência e qualidade, o quanto gostaria de presentear a nação com a conquista de título.
Fonte:Tribuna do Norte.
Sim! Fomos com a habilidade. Técnica que o guerreiro ferido Kaká, o garoto-travesso Robinho e o fabuloso Luís Fabiano tentaram fazer que sobressaísse perante a, em alguns casos, desleal marcação dos adversários. Mas tudo isso foi em vão. Em um jogo onde estávamos conseguindo conduzir a partida de maneira inteiramente tranqüila, esquecemos de uma frase que o próprio brasileiro tanto pronuncia: “Futebol é uma caixinha de surpresas”. Esquecemos por um momento que, se já ganhamos Copa América, das Confederações, Libertadores, Mundial Interclubes e até mesmo Copa do Mundo na base do detalhe, também precisamos nos habituar a perdê-la da mesma forma. As faltas de atenção que culminaram em dois gols incluídos nos, até o momento, raros lances de finalização do adversário, atiraram para longe toda uma concentração que coordenava o futebol eficiente da nossa seleção.
Fonte:Google.
Lições que podem ser aprendidas para a já impiedosa copa de 2014. Onde os olhares do mundo já estarão direcionados para nós. A torcida é para que no futuro, nossos principais jogadores de rara habilidade não possam assistir a copa de sua casas; que os corações, pulmões, mãos, corpo inteiro e alma sejam aliados também a atenção em campo e educação fora dele. Daqui a quatro anos, tudo já será diferente. Só esperamos que a ferida não cicatrize lentamente devido a uma dificuldade organizacional e apresentações sem inspiração da nossa equipe. Muito pelo contrário, que sejamos exemplo de como sediar uma copa, como a África do Sul tem sido, e no fim, nosso futebol reencontre a magia que conquistou o mundo e também cinco títulos, para que possamos dizer com orgulho no peito mais uma estrela nele: “A copa no Brasil é do Brasil!”.

Por: Gê Ataide. 02 de Julho de 2010.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fim do ano, carro novo.

    O ano está próximo de dizer adeus. Daqui a quatro meses estaremos cruzando 2012 e com certeza muitos de nós chegaremos ao mês de Janeiro com mais uma busca alcançada: o carro novo.
    No entanto, como funcionário da assistência técnica de uma grande montadora no país, percebo que o mais importante nessa escolha continua sendo a prudência no lugar da beleza e da tentação. Os automóveis chegam ao mercado cada vez mais bonitos e apostando intensamente no recurso televisivo da propaganda para unir som, imagem e desejo. Mas após o frisson do anúncio devemos analisar friamente o negócio que estamos prestes a fazer. Sejam nacionais ou importados os veículos precisam de uma pesquisa para que você tenha certeza que está fazendo o negócio certo. E não são amigos aqueles que definirão a sua compra, não porque falte a eles sinceridade, haja vista que um amigo é para confiar, mas pelo fato de, como qualquer ser humano, transformar uma experiência desagradável em uma generalização de um modelo ou até mesmo de uma marca.
   O mesmo é possível dizer sobre os sites de reclamação na internet. Simplesmente uma corrente de insatisfação embasada na experiência individual dos que opinam nas páginas. Muitos dizem que determinados modelos são revestidos de campanhas de oficina e que são carros cheios de problema. E eles podem até estarem certos. Mas se esquecem que campahas ou Recalls são específicos para um conjunto de chassis e não para todo o modelo. Isso quer dizer que os carros com problemas clássicos que você vê sendo propagado negativamente pela internet não é necessariamente o que você quer pois pode se tratar de uma campanha com veículos lançados a dois e até mesmo três anos atrás e não os novos modelos do mercado.
    Para comprar um veículo o mais adequado é fazer uma análise abrangente e não superficial. veja seu seu futuro automóvel tem uma boa aceitação em sites automotivos, jornais ou revistas especializadas. Não se prenda a apenas uma opinião negativa ou positiva, vá mais além. Lembre-se de que está prestes a adquirir não apenas um sonho ou busca, mas um companheiro que estará ao seu lado por alguns anos. Até mesmo por essa razão é que, às vezes, o que queremos não pode ser o que precisamos ou podemos. Existem veículo mais adaptáveis para padrões físicos específicos. Por isso fazer um Test Drive é tão importante para que possamos saber se vamos nos adequar ao automóvel. Também não adianta adquirir um veículo sem calcular valores de seguro e planos de manutenção, levando em conta não apenas a tabela de revisões mas os serviços adicionais que o veículo precisará como Alinhamento, balanceamento e rodízio dos pneus, Higienização de ar condicionado, e até mesmo o valor de algumas peças que certamente serão trocadas nos primeiros dois anos de veículo como pastilhas de freio e velas de ignição por exemplo.
    Não se esqueça que no final a decisão é sua. Os outros não podem precipitar a compra de um produto que será de sua utilização. Afinal de contas uma boa escolha é um excelente custo benefício e a certeza de que a tranquilidade e a praticidade estarão presentes com você nos anos seguintes.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Suposta tentativa de violência sexual em criança espanta todos em shopping do Rio de Janeiro.

    Era uma quarta feira fria na zona oeste do Rio de Janeiro. O comércio voltava a abrir as portas intensivamente após o feriado de 1º de Maio de 2012. Um conhecido shopping de Jacarepaguá estava com movimento intenso como na maioria dos dias. Um stand de vendas localizado logo na entrada do centro comercial em questão estava movimentado. Minha ida aquele estabelecimento de compras era apenas para entregar uma papelada a fim de assinar um contrato de prestação de serviço com uma operadora de telefonia móvel. Mas infelizmente não foi apenas dessa chatice burocrática que minha noite foi formada. 
    De repente um homem de aproximadamente quarenta anos sai correndo e, em questão de segundos, desaparece pela porta da frente do shopping. Todos olharam sem entender muito o que estava acontecendo. Os funcionários de uma famosa loja nacional de conveniências saíam parecendo também não compreenderem o porque daquela pessoa ir embora de uma forma tão desesperada. O tempo e os debates improvisados foram fazendo os curiosos desconfiarem do mais provável para aquela situação: roubo. E quando quase todos já estavam praticamente convencidos de que se tratava de um ladrão, uma Senhora sai da loja acompanhando uma criança em prantos de aproximadamente dez anos. Logo começaram a concluir que as pessoas roubadas tinham sido aquela mulher e sua provável neta. No entanto havia uma diferença brutal nas conclusões daquele povo que já se amontoava próximo ao local do acontecido. As vítimas eram realmente a senhora e a criança, no entanto, não se tratava de um roubo, a criança havia sofrido uma "suposta" tentativa de estupro.
    Quando sua avó surgiu gritando desesperada carregando pelas mãos aquela criança e dizendo aos sete ventos sobre o acontecido, meu pensamento foi apenas um, talvez igual ao de muitos ali: "Por que não fui atrás daquele bandido, por que..." . A Senhora contou que só percebeu após sua neta gritar: "Vó, me ajuda!". E quando notou, o desconhecido já estava por trás da garota, talvez pronto para levá-la a um local onde pudesse concretizar o crime. Ao perceber que e criança não estava sozinha e que um alarde já havia acontecido, o homem saiu desesperadamente em direção à rua. A menina chorava assustada sem entender que, provavelmente, estava prestes a se tornar mais um número para a gigante estatística de violência sexual em crianças e adolescentes no Brasil. E enquanto as pessoas comentavam assustadas sobre o ocorrido, chegam os seguranças parecendo interpretarem papéis de policiais americanos em filmes hollywoodianos: sempre atrasados. Um deles foi criticado pela avó da vítima. Manteve a calma, mas seu semblante que misturava um ar de marra e vergonha descrevia bem o erro que ele e sua equipe de colegas de profissão acabava de cometer, uma falha que poderia ser fatal e que permitiu um homem fugir sem prestar os devidos esclarecimentos de sua real intenção ao agir de forma tão suspeita com aquela menina.
    Certamente a criança carregará uma lembrança negativa que jamais esquecerá. Possivelmente terá que receber ajuda psicológica para superar o susto sofrido e por um bom tempo não se sentira confortável para transitar sozinha em lugares públicos. É importante ressaltar que nada pode ser cofirmado, haja vista que o suspeito fugiu sem deixar paradeiro. Mas o alerta deve ser acionado para que situações como esta não voltem a ocorrer principalmente em locais que foram criados também para estabelecerem uma maior segurança e tranquilidade para pessoas como as personagens centrais deste acontecido.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O conto de Cachoeira.

  Era uma vez um partido chamado PT. Com fortes chances de se tornar o grupo que imperaria a reinado brasileiro, seus representantes partiram em busca de apoio para que pudessem ganhar ainda mais força. Certa vez, um assessor chamado Waldomiro Diniz, faz contato com o empresário Carlos Cachoeira e pede a ele uma "ajudinha" para arrecadar fundos a favor da campanha do seu partido. Em troca, Diniz, que assessorava um senhor chamado José Dirceu, ajudaria Cachoeira em uma disputa pública na província do Rio de Janeiro.
    O acordo foi feito, o PT venceu, seu rei imperou e o escândalo chegou. A ajuda prometida pelo assessor Diniz não aconteceu, e Carlinhos Cachoeira, ofendido, decidiu divulgar uma fita onde toda a gravação em vídeo solicitando o "pequeno auxílio" feito por Waldomiro estava registrada. Escândalo formado, reinado petista em crise e muita confusão no império, depois do primeiro grande escândalo envolvendo os comandados do rei Lula I. As pessoas só falavam em corrupção, investigação, apuração, mensalão, mensalinho e tudo mais que envolvesse a crise imperial do PT. Depois de muito ser dito e pouco ser feito o escândalo foi perdendo força até tornar-se uma leve brisa em meio ao Planalto Central. 
fonte: amarildocharge.wordpress.com
http://amarildocharge.wordpress.com/
   Então, uma década depois da gravação da famosa fita, as autoridades prendem Carlinhos Cachoeira acusado da exploração de máquinas de caça-níquel em sua província (Goiás). E as famosas gravações novamente entregam novos integrantes a um grupo vasto de candidatos a corruptos. Escutas são apresentadas e mostram o senador da república Demóstenes Torres, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) , também da província goiana, em supostas conversas sobre propina com Cachoeira, indicando um político a dar preferência para os serviços da construtora Delta, empreiteira ligada diretamente ao nosso personagem real.
    Atualmente o protagonista desta história vive transitando pelos presídios do país. Sua última viagem foi de Mossoró (RN) para o presídio da Papuda (DF). E assim ele permanece ganhando fama por toda a nação e até mesmo sendo "homeageado" nos muros do império com a quase criada CPI do Cachoeira. Este conto político não se encerra aqui. Talvez nunca termine ou talvez termine de um jeito que não gostaríamos. Afinal de contas, diferente dos contos de fadas, histórias políticas do império brasileiro nem sempre terminam com final feliz. 
   

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A desclassificação mais épica da Libertadores.

    Incrível. Fantástico. Desastroso. A soma destes adjetivos podem resumir bem a mistura de sensações que os rubro-negros vivenciaram na última rodada do seu grupo na Taça Santander Libertadores. O Flamengo foi eliminado alguns minutos após a vitória sobre o Lanús - ARG por 3 a 0, graças a um gol do Emelec -EQU diante  do Olimpia - PAR que desempatou a partida aos 47 min. do segundo tempo, um minuto após ter levado o gol de empate, resultado que classificaria o Fla.
    A apatia dos jogadores, as lágrimas de Vágner Love e o coro de ahhhhhhhhh em tom de lamentação da torcida no Engenhão logo após o gol do time equatoriano no Paraguai, serão as lembranças que mais marcarão a história de mais uma tragédia para o futebol brasileiro. Mas a realidade é que, felizmente para os rivais e infelizmente para o time da Gávea, a equipe de maior torcida do Brasil vem se acostumando a protagonizar tragédia futebolísticas. América do México, Universidad de Chile (La "U") e Santo André são exemplos de equipes que os flamenguistas se arrepiam quando ouvem falar tal qual uma cena de terror no cinema. O Flamengo aprendeu o que não devia: fazer a torcida colecionar traumas de jogos desastrosos.
    Mas nada disso tem a ver com apenas uma exibição. O rubro-negro vive há algum tempo respirando por aparelhos no que se trata de administração. Se não fosse o campeonato brasileiro de 2009 e os estaduais recentes, as lamentações agora poderiam ser bem piores, distantes de competições internacionais e até mesmo da tropa de elite do futebol nacional. Acostumado a viver da empolgação e da reação nos últimos anos, o Flamengo agora tem todos os ingredientes amargos e indigestos para entender que não basta apenas torcer, vibrar ou mobilizar, é preciso organizar, coordenar, planejar. A eliminação não começou neste jogo, e sim há alguns meses com discussões entre diretoria e patrocinador, atrasos de salários, clima tenso entre técnico e craque do time e falta de contratações. Tudo isso, reflexo de uma clara má administração que pode melhorar com os mesmos líderes que estão lá, mas passando por uma mudança conceitual e uma atitude radical para varrer dirigentes que não estão somando e sim multiplicando problemas.
   Que o time carioca sirva como lição às outras equipes brasileiras na Libertadores, principalmente para o seu rival Vasco da Gama, que começa a colecionar polêmicas extra-campo, assim como o rubro-negro fez no começo do ano, e que a própria diretoria flamenguista possa entender de uma vez por todas que jogo, classificação e título se ganha dentro de campo, mas é bem longe dos gramados que a conquista começa a ser traçada.
   

terça-feira, 10 de abril de 2012

Da Central do Brasil à Vila Madalena. Uma ponte Rio-São Paulo de violência.

    Nas últimas semanas o país está presenciando uma onda gigante de crimes que parecem ter aderido a moda retrô e voltaram a assustar a população. Os arrastões paulistas e os assaltos na Central do Brasil (RJ) ocupam demasiadamente as páginas dos jornais, causando medo e tensão aos moradores dos estados mais populares do território brasileiro.
fonte: jornalfloripa.com.br (Condomínio de luxo em São Paulo).
fonte: google. Central do Brasil - RJ.
   O mais preocupante é que esses delitos parecem ter uma ligação maior do que o próprio ato violento. No final de Março um suspeito de comandar pelo menos seis assaltos em São Paulo foi preso no Rio. E aí é que está o grande problema. Segundo policias paulistas o assaltante está sendo acobertado por comparsas cariocas. Infelizmente, Ainda estão nas nossas lembranças os ônibus em chamas nos dois estados há alguns anos, devido ao crime organizado que articulou todo aquele terror. Agora as duas cidades parecem estar na eminência de um acontecimento sério,  casos que repercutem todo o mundo como o Ônibus 174 por exemplo.
                                                                                               As pacificações cariocas também estão atravessando seu momento mais complicado. As favelas da Rocinha e do Alemão foram as mais comemoradas com a chegada das UPPs mas são também as que têm dado mais trabalho as autoridades. Não é novidade que bandidos ainda estão escondidos nas comunidades. Segundo informações, a polícia carioca já tem aproximadamente 100 casas mapeadas na Rocinha graças as informações do disk denúncia que possui uma margem de aproximadamente 80% de eficiência. Mesmo assim muito ainda se fala sobre os dois locais. Em Sampa, as autoridades policiais têm se empenhado bastante na busca pela prisão dos assaltantes protagonistas dos arrastões. Mas o trabalho se torna ainda mais difícil quando integrantes da própria corporação são presos suspeitos de participações nos crimes. No estado de São Paulo, os bandidos ainda roubam carros semelhantes aos dos moradores dos condomínios, clonam as placas e até se disfarçam de polícias reproduzindo roupas, distintivos e até mesmo automóveis da polícia Civil.
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   O crime no eixo Rio-SP vai se organizando cada vez mais, conquistando novos adeptos, e voltando a gerar na população um clima pesado e assustador. Um temor que nunca deixamos de ver mas que jamais estaremos preparados para recebê-lo de forma tão nítida e aceitá-lo de maneira tão normal em nossas vidas.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Jovens adultos e nostálgicos.

   Você nasceu em meados dos anos 80? É pai de alguém que nasceu? Bom, pelo menos conhece alguma pessoa nascida nessa época... Então, seja você nascido, conhecido, pai, mãe, tio, irmão ou coisa parecida de algum felizardo que, assim como eu, chegou ao mundo na penúltima década do século XX, saiba que grande parte destes oitentistas têm algo bastante característico em comum: a paixão pela música antiga. Mas por quê? O que faz os gerados na oitava década do século passado estarem tão unidos pela nostalgia musical?  Na minha modesta opinião trata-se da rádio e do rádio.
   Antes de desenvolver este texto pensei na minha adolescência nos anos 90. E foi neste momento que comecei a entender a diferença entre os adolescentes noventistas e a galera teen do ano 2000. Nossas noites, em muitos casos eram na companhia do bom e velho Walkman e também do seu sucessor Discman. Era o nosso grande amigo das madrugadas. E quando não estávamos escutando uma fita ou CD gravados por nós mesmos, conduzíamos nossas noites sintonizando nos famosos programas Good Times espalhados pela grande maioria das rádios da época. Tocava de tudo: The Police, Roxette, Brian Adams, Guns'N Roses (a famosa música do assobio "Patience" tocava toda a semana...), Bon Jovi, U2, sem falar na turma nacional: Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Rita Lee, Engenheiros do Hawaii, Lulu Santos, Raul Seixas, Tim Maia e muitos outros. E desta forma as músicas antigas se conectavam as nossas vidas, fazendo com que conhecêssemos uma geração que abraçou a fama na época que ainda éramos crianças.
    Hoje em dia quando alguém canta um sucesso como: Doce Vampiro, Me dê motivo, Gita, Pra ser sincero ou Vento no litoral, é como se estivéssemos, para os mais novos, confessando que somos de uma geração que na verdade nossos ídolos eram. Não que os grandes nomes musicais dos anos 90 estivessem excluídos, muito pelo contrário, eles estavam presentes, e com uma variedade de ritmos fantástica. Mas eles eram para curtir de uma forma, um jeito mais agitado e menos recolhido.
    E de repente chegamos a 2012. Uma outra mentalidade. Uma outra forma de escutar música, dissociado do fim de noite que agora é curtido por crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos do jeito solitário mais populoso existente: a internet.


   Pois é... O mundo mudou completamente. Mas é bom entender a razão de algumas coisas que nos prendem a um período gostoso das nossas vidas. Não faço ideia de qual passado do passado os novos adultos da década atual começarão a carregar em suas lembranças, acredito que algo ligado à TV talvez, já que fazem parte de uma geração completamente visual. Mas que é inigualável desconectar da Web, selecionar minhas músicas e viajar no tempo antes de dormir, isso é... Afinal de contas: meu Good Times agora é lembrar do Good Times.

quinta-feira, 29 de março de 2012

"Avenida Brasil". Um belo caminho no horário nobre.

   Há um bom tempo não tenho acompanhado novelas. É claro que o excesso de ocupações torna-se uma grande desculpa nestes casos, mas a realidade é que para quem dispõe de raríssimas horas para entretenimento, o programa tem que ser realmente muito interessante para deixar você ligado na telinha. E a nova trama das nove preencheu todos os atrativos necessários para isto em seus primeiros capítulos.
   Bastante elogiada pela Veja (salvo a abertura) e alfinetada por Aguinaldo Silva, a teledramaturgia do horário nobre ainda não merece uma crítica segundo a minha modesta opinião. No primeiro capítulo Tony Ramos simplesmente deu um show de interpretação. Mostrou porque é um dos "monstros sagrados" da interpretação nacional. Imbatível, incontestável, fantástico. Adriana Esteves não ficou para trás, assim com Alexandre Borges que, ao que tudo indica, comandará o elenco cômico da dramaturgia. Já Murilo Benício tem se esforçado para parecer um jogador de futebol, mas não tem conseguido. Algo perdoável já que a passagem de tempo da novela o transformará em um atleta aposentado.
   O texto de João Emanuel Carneiro é claro, leve e atrativo, e tratando de temas tão complexos como ambição, ganância, marginalidade e infidelidade, percebe-se o quanto seus primeiros capítulos foram escritos com grande talento.
   E o polêmico ritmo angolano Kuduru, que embala a abertura da novela? Embora não esteja entendendo outra razão para a sua existência a não ser atrair a cultura de massa, confesso que estou gostando. Me fez lembrar Sidney Magal em 1990 no auge da Lambada cantando Me chama que eu vou em Rainha da Sucata. Bom, naquela época tanto a novela quanto a abertura deram certo, e é bem provável que algum companheiro de profissão tenha criticado também, no entanto, até hoje elas são lembradas tanto em rodas de amigos como em programas de televisão. É fato que o ritmo africano nem se compara a febre da "Dança Proibida" na última década do século XX, mas nada como a inserção em uma grande teledramaturgia para um ritmo e uma música se tornarem febre.
    Continuo na torcida por Avenida Brasil. Que a audiência possa ganhar cada vez mais força e que o país seja presenteado com mais uma histórica trama das nove. E só uma dica Carneiro: nada de ressuscitar vilão e levantar ferramenta na última cena ok?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vivências de uma assistência técnica automotiva.

    Para quem não sabe, além de Jornalista formado, trabalho na assistência técnica de uma concessionária da Volkswagen no Rio de Janeiro. No meu setor, é claro que vemos todos os tipos de problemas existentes em um veículo, mas não se esqueçam: aprendemos a descobrir vários tipos de solução também.
    E embora tenha pouco tempo de Consultoria Técnica (dois anos a completar em Julho) percebi que boa parte dos problemas não vem com o carro, como muitos gostam de esbravejar aos sete ventos pelas redes sociais ou áreas de reclamações de sites... Muitas destas causas são geradas pela falta de cuidados que nós condutores acabamos cometendo. Não vou citar boa parte das que conheço pois, sinceramente, talvez acabaria escrevendo um livro. Falarei apenas sobre um tipo de serviço altamente importante e bastante desprezado por muitos: o alinhamento, balanceamento e rodizio dos pneus.
    O cálculo é simples. Recomenda-se fazer esse serviço a cada 7.000 km. Então amigos, façam! Não é uma tática de vendas das lojas como muitos acreditam, é a necessidade. Moramos em uma país onde as estradas não são as melhores do mundo (muito pela contrário), além disso, transitamos por diferentes tipos de pistas: paralelepípedo, estradas sem pavimentação, asfalto, pó de brita, saibro e assim sucessivamente, que obviamente comprometem a vida útil dos pneus de qualquer veículo. E não adianta acreditar que o seu adventure ou a sua pick'up vai aguentar o tranco até 15.000 km. Carro resistente é carro bem cuidado, com os serviços executados dentro do previsto. O Consultor Glauber Ferreira trabalha há seis anos no setor de pós-vendas. Ele me informou que atende uma cliente que sempre deixa seu Gol 1.0 na loja para revisões e outros serviços, entre eles o alinhamento. Glauber que é meu colega de trabalho, atende esta senhora desde sua primeira passagem pelo local. Hoje ela está com mais de 100.000 km rodados e... Acreditem... Nunca precisou trocar seus pneus... Nunca! Uma prova de que serviço em dia é garantia de longevidade para seu carro.
    Portanto, quando você for ao seu mecânico, concessionário ou sua loja de pneus lembre-se: às vezes uma pequena economia pode se transformar em um imenso orçamento. Afinal de contas, seu carro custou caro! E esse investimento não pode sair pelo ralo.