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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Sua vida ficou mais prática ou mais complexa?

     Parece realmente um passado não tão distante assim, quando no começo da noite de sexta feira, minhas duas irmãs e eu esperávamos meu pai chegar do trabalho para irmos juntos à locadora do Gélson em busca do nosso principal entretenimento do fds: assistir filmes no nosso videocassete JVC. Bom... Eram os anos noventa quando sequer se escrevia fds, vc, bjs, obri, vlw, tql, blz, ou qualquer outra sigla... Aliás era uma época boa porque conversar pessoalmente ainda estava na moda...
     Hoje em dia eu fico pensando se a tecnologia nos deu mais praticidade ou agregou complexidade nas nossas vidas. Pois ao mesmo tempo que somos ágeis agora para pagar contas, marcar reuniões, agendar saídas com a galera, viajar, ou pesquisar tarefas de escola, fakul ou qualquer outra coisa, parece que no fim do dia sempre faltou algo para resolver, e o pior, na maioria das vezes faltou mesmo.
      O site revistagalileu.globo.com fez uma matéria bem legal projetando como serão nossas vidas daqui há vinte anos. Dois temas me chamaram bastante atenção. O primeiro é em relação a nossa futura relação com a internet. Ela será como a eletricidade para nós, estará em tudo. Não haverá um momento em que vamos pensar se o lugar tem ou não Wi-Fi por exemplo, será tão prático, tão óbvio, tão evidente que, terá realmente uma relação parecida com a que temos hoje em dia com a lâmpada de casa que acendemos ao anoitecer. Ela estará lá, simplesmente, naturalmente, normalmente.
      Agora vai uma palavra nova que aprendi: tecnogênico. Pois é, tem a ver com a maioria dos pepinos que resolvemos socialmente hoje em dia. Problemas tecnogênicos são aqueles criados pela tecnologia. Basicamente quando algo foi feito para nos dar praticidade e aí vem uma mente maldosa e pensa que essa "novidade" também pode ser usada para coisas erradas. Pois então, a má notícia é que essa maluquice só vai piorar tá... É só você dar uma viajada na mente. Imagina se implantarem um chip no seu braço para que ele seja o seu cartão de banco por exemplo. Ótimo!!!! Vou andar sem carteira! Mas o assaltante vai pensar: "Beleza, agora eu só preciso de um facão!". Foi meio ridículo mas você entendeu (estou fora da minha cidade escrevendo esse texto numa praça com o tempo fechando e 20% de bateria, releva vai...).
     Por sinal agora vejo crianças voltando da escola e parando para curtir o balanço da pracinha e jogar bola... Tudo bem que estou em uma cidade bem menor que o Rio (Teresópolis), mas ver quinze pré adolescentes brincando e apenas dois segurando seus computadores de mão, também conhecidos como celulares é "quase" me sentir em 1995 dinovo quando eu curtia mamonas e ficava decorando as catorze músicas do CD dos caras só com a ajuda da rádio, sem as indispensáveis e atuais colaborações de YouTube ou Spotify para este feito.
     Talvez a cidade pequena será uma referência daqui há poucas décadas para isto... Não apenas para a fuga do trabalho e da rotina da cidade grande, mas também da tecnologia. Fico imaginando uma pousada com os dizeres "Relaxa, aqui não temos Wi-Fi" ou "Tente guardar seu celular e ver o que o mundo te oferece" Ah já sei, que tal apenas "Desconecte-se".
      Putz... Aí passa uma freira agora, sinônimo de todo o tradicionalismo possível e comenta com uma noviça ao seu lado "...Eu converso com ela no face as vezes..." Agora minhas expectativas definitivamente viraram utopia.
     É meus amigos, não tem jeito. O passado não volta, a tecnologia nos transforma e o caos dos barulhinhos de whatsapp, Insta e outros app's continuarão sendo a principal razão de irmos a farmácia comprar Dorflex. Fazer o quê? Vamos em frente. Só espero que não venha um doido aí é resolva criar uma Skynet... Aí embolou de vez... "Jesus toma conta" Haja Schwarzenegger para nos ajudar... Hahahahaha...

Fontes de pesquisa: http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2014/07/evolucao-tecnologica-como-sera-nossa-vida-daqui-20-anos.html