Queridos leitores:
Neste fim de semana pouco vi ou soube sobre os acontecimentos da mídia, pois estava mais preocupado em carregar tijolos e cimentos na minha casa do que qualquer outra coisa. Mas foi tentando me atualizar quase na madrugada de segunda, que comecei a desenvolver a pergunta título deste texto.
Bom, antes de começar a falar sobre isto, digo que gostei da Juliane Moore ter vencido o óscar de melhor atriz, e fiquei triste pois queria que o Michael Keaton ganhasse o de melhor ator. Mas vou dizer o quê? Não vi nem um filme, nem outro, se a estatueta foi pro Eddie Redmayne, então tá bom né. Mas nem sei quem é... Pelo menos de nome... Mas a partir de hoje saberei...
Mas vamos falar sobre futebol. Calma mulheres, desta vez estou com vocês. Acontece que ontem enquanto devorava um prato generoso de comida as onze e alguma coisa, estava vendo o reprise de Flamengo e Madureira que jogaram na tarde de domingo. O jogo terminou 1 a 1. Mas assisti um lance que passou a ficar mais marcado na minha mente do que os próprios gols do jogo. Vamos explicar de um modo simples. Tudo começou quando um jogador do Flamengo tocou para outro na grande área, para ele fazer o gol. Ele driblou o goleiro, dobrou os joelhos e se estatelou no gramado. O goleiro até tocou nas pernas dele, mas o juiz entendeu que ele se jogou e não deu pênalti. PARA TUDO! CONGELA!
(...) (...) (...) Agora vamos para outro jogo. No mesmo dia jogaram Fluminense e Vasco (aliás, o Fluminense tem sido tão freguês do Vasco nos últimos tempos como o próprio Vasco pro Flamengo hein!). E neste jogo aconteceu uma cena bem familiar deste texto. O jogador do Vasco tocou para outro na grande área, para ele fazer o gol. Ele driblou o goleiro, dobrou os joelhos e se estatelou no gramado. O goleiro até tocou nas pernas dele, mas o juiz entendeu que ele se jogou e não deu pênalti. Lendo este texto você pensa: lances iguais. E foram. Tanto que os dois juízes deram a mesma coisa, ou melhor, não deram pênalti. Correto? Mas então me digam senhoras, senhoritas e senhores, por que os comentaristas de um jogo deram razão ao juiz e os profissionais do outro jogo não deram? E hoje, pela manhã, ainda vejo matérias dizendo:
Jogo polêmico! Juiz não deu pênalti a favor do Vasco... E coisa e tal... Gente, nada contra as opiniões contrárias... Aliás, até admiro, e muito, os comentaristas do jogo entre
tricolores e cruzmaltinos, mas baseado em situações como essa eu reforço:
é por isso que a maioria das mulheres não entende futebol.
Como diz Arnaldo Cézar Coelho, a regra é clara! mas as opiniões são sempre controversas. Tudo bem que não tenho o que reclamar da minha esposa, ela entende linha de impedimento! Mas como vamos captar novos clientes para nosso negócio de "assistidores de futebol, de pelada a Champions league", se esse debate nunca acaba?
Pois então mulheres, tenho uma má notícia para vocês. O futebol precisa de polêmica. A mídia precisa criar lances discutíveis, caso contrário, aqueles programas que vocês nunca entendem porquê nós homens assistimos depois da partida, repetindo tudo que acabou de passar no jogo, não existiria. É parecido com o
Candy Crush que vocês jogam: tudo se repete, mas em velocidades e tensões diferentes. E a vida segue. Se eu ligar a tv agora, alguém deve estar debatendo sobre futebol, sejam nos jogos que citei ou no campeonato Senegalês.
Mas, na realidade, as opiniões polêmicas rodam por todos os lugares. Essa semana assistia Discovery Home Health com minha esposa e sogra (pela simples regra de quem ligou a televisão primeiro). Era um daqueles programas do tipo:
"Aquela mulher se veste como um espantalho! Vistam e tratem de maquiar ela com dignidade!" (Coitado do espantalho...). E me chamou atenção o fato de que quanto mais aquele
esquadrão da moda (acho que lembrei o nome do programa...) vestia a mulher com roupas mais sofisticadas e maquiagens revolucionárias, minhas amadas mulheres da sala respondiam:
" Ficou horrível!", "Nossa, que mau gosto..." , "Esse até que eu gostei..." , "Hum, péssimo!".
Então façamos um acordo mulheres: vocês continuam nos vestindo como bem entendem, contrariando muitas vezes os esquadrões, tropas e batalhões de moda que tem por aí, e nós usamos o look moderno para irmos ao bar e assistirmos a próxima rodada do campeonato de futebol. Combinado?