
Vi manifestações pelo Brasil, e o mundo abraçando nossa causa. Vi Dilma ser vaiada em pleno estádio Mané Garrincha; vi jovens em nome da paz e outros representando a balbúrdia. Vi patrimônios depredados, pessoas feridas, policiais violentos, sargentos da PM corajosos, bandeiras com vários pedidos, mas que gritavam apenas uma palavra: melhorias. Vi políticos cassados, envergonhados, irônicos, fujões... Relembramos os mensalões. Representantes públicos doentes na prisão, mas cheios de saúde para a corrupção. Pela Televisão soube da morte de Hugo Chávez. A Venezuela chorava, representantes latinos lamentavam, já Obama pouco falou, mas muito escutou. No Brasil e na Alemanha a espionagem americana causou uma polêmica. Dilma rebateu, Obama, mais uma vez, pouco falou.
Vi desastres naturais. Enchentes no Brasil, na Europa, fragmentos de meteoro na Rússia. Continuei vendo a guerra no Oriente Médio, ditadores exaltados, ditadores cassados, mais povo em protestos contra seus governos na Ásia, Grécia e Ucrânia. Vi o mundo sofrer com ganância, arrogância, desrespeito. Vi pouca amizade. Brigas de políticos, brigas de torcidas, brigas de jogadores de futebol, brigas de times para não caírem e também de outros para voltarem a subir mesmo sem disputarem campeonatos consequentes. Um deles conseguiu. Vi o termo "tapetão " voltar a ser pronunciado depois de tanto tempo, mas justo ou não, protagonizado pela mesma equipe que popularizou a palavra nos anos noventa. Vi o Santos ser humilhado pelo Barcelona, e embora não seja santista, senti vergonha. Vi o Atlético Mineiro ser campeão da Libertadores de forma magnífica e emocionante, e embora não seja atleticano, senti orgulho. Vi Usain Bolt, perder para um mortal, mas vencer uma máquina. Vi Anderson Silva perder o cinturão do UFC e encerrar o ano com uma grave contusão e uma imensa frustação. Vi as mulheres brasileiras brilhando no judô, vôlei, e até no handebol. Vi nossa seleção de futebol ganhar a Copa das Confederações e alimentar de esperança nossa crença no Hexa. Vi Neymar iniciar sua trilha europeia, Messi não ter uma ano brilhante e Cristiano Ronaldo ter razões para acreditar que o ano foi seu.
Vi o Papa Francisco protagonizar uma belíssima Jornada Mundial da Juventude no Rio de janeiro, vi a solidariedade, me vi solidário. Vi a banda Charlie Brown Jr. perder Chorão e Champion, parece que é o fim. Emílio Santiago se despedir, assim como Reginaldo Rossi. Vi Nélson Mandela nos deixar, mas sua mensagem ecoar. Acho que ele partiu feliz.
Talvez tenha sido o que mais vi em 2013. Queria ter visto mais justiça, mais solidariedade, mais paz, mais respeito com os doentes, menos doença e mais alegria. Mas nossos desejos para 2014 estão presentes para acreditarmos que o bom pode melhorar e o que foi ruim faz parte da vida, mas também de nós para mudar. E que com certeza podemos e devemos fazer a nossa parte para alterar o que foi ruim, rever o que foi polêmico e acreditar nos nossos atos.
FELIZ 2014 A TODOS!