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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os presságios de uma crônica.

Para alguns motivo de chacota, para outros desespero inconsolável.


Fonte:Google.
  Mas ontem, após a queda palmeirense para a segunda divisão, senti algo estranho enquanto via as reportagens. Entre as lágrimas dos torcedores, não conseguia apenas dimensionar como seria  se acontecesse com meu time , mas também se a   nossa seleção nos desse tamanha decepção. É verdade que muitos preferem o clube do coração do que a camisa verde e amarela, ainda mais na fase em que estamos. O amor ao Santos, Internacional, Flamengo, Vasco, Fluminense, Corinthians e tantos outros, para muitos é mais intenso, mais dedicado. Acontece que fingimos fazer vista grossa para o Brasil e também desdenhar os jogos exibidos, talvez camuflando um medo do vexame em 2014.
    Há dois anos, a nossa Seleção sofreu mais uma eliminação na Copa do Mundo. Escrevi sobre ela e projetei sonhos, expectativas e críticas. Agora faço questão de postar e lançar uma pergunta no ar: será que acertarei ou apenas cultivarei a ilusão de um êxito? A crônica segue abaixo. Boa leitura!




Acabou... E começou.


Fonte: Blog do Apontador  http://blog.apontador.com.br


Não era exatamente como gostaríamos de ter conduzido este dia 02 de Julho de 2010. O melhor futebol do mundo está fora da copa. A pátria de chuteiras não tem mais chances de conquistar a mundialmente marcante competição do continente africano. Para a grande maioria dos brasileiros resta agora apenas a exaltação de uma frase: “A Argentina NÃO!”.
Nossa trajetória até o primeiro tempo das quartas de final, embora não tenha nos dado uma imensa certeza, nos deu uma ilusão: a crença de que poderíamos, sim, chegar ao hexacampeonato, mesmo com um time em extinção de grandes estrelas e magos da bola. Fomos com o coração. Um órgão imenso, regido por uma artéria que devido a sua constante pulsação quando jogador e capitão da seleção brasileira, todos sonhavam em vê-lo como técnico, mas acabou acumulando desestímulo e incompreensão quando isto, de fato, ocorreu. Também fomos com o pulmão de um xerife que respira seleção e honra a braçadeira que veste. Um comandante das quatro linhas que foi amparado por outros dois excelentes oficiais, Juan e Maicow, e um auxiliar que retornou ao seu posto de origem, voltando a ser um dos homens mais eficientes de sua tropa: Gilberto Silva. Também fomos com as mãos. Através de um goleiro que, literalmente, vestiu o verde e amarelo para mostrar com sua eficiência e qualidade, o quanto gostaria de presentear a nação com a conquista de título.
Fonte:Tribuna do Norte.
Sim! Fomos com a habilidade. Técnica que o guerreiro ferido Kaká, o garoto-travesso Robinho e o fabuloso Luís Fabiano tentaram fazer que sobressaísse perante a, em alguns casos, desleal marcação dos adversários. Mas tudo isso foi em vão. Em um jogo onde estávamos conseguindo conduzir a partida de maneira inteiramente tranqüila, esquecemos de uma frase que o próprio brasileiro tanto pronuncia: “Futebol é uma caixinha de surpresas”. Esquecemos por um momento que, se já ganhamos Copa América, das Confederações, Libertadores, Mundial Interclubes e até mesmo Copa do Mundo na base do detalhe, também precisamos nos habituar a perdê-la da mesma forma. As faltas de atenção que culminaram em dois gols incluídos nos, até o momento, raros lances de finalização do adversário, atiraram para longe toda uma concentração que coordenava o futebol eficiente da nossa seleção.
Fonte:Google.
Lições que podem ser aprendidas para a já impiedosa copa de 2014. Onde os olhares do mundo já estarão direcionados para nós. A torcida é para que no futuro, nossos principais jogadores de rara habilidade não possam assistir a copa de sua casas; que os corações, pulmões, mãos, corpo inteiro e alma sejam aliados também a atenção em campo e educação fora dele. Daqui a quatro anos, tudo já será diferente. Só esperamos que a ferida não cicatrize lentamente devido a uma dificuldade organizacional e apresentações sem inspiração da nossa equipe. Muito pelo contrário, que sejamos exemplo de como sediar uma copa, como a África do Sul tem sido, e no fim, nosso futebol reencontre a magia que conquistou o mundo e também cinco títulos, para que possamos dizer com orgulho no peito mais uma estrela nele: “A copa no Brasil é do Brasil!”.

Por: Gê Ataide. 02 de Julho de 2010.