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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Suposta tentativa de violência sexual em criança espanta todos em shopping do Rio de Janeiro.

    Era uma quarta feira fria na zona oeste do Rio de Janeiro. O comércio voltava a abrir as portas intensivamente após o feriado de 1º de Maio de 2012. Um conhecido shopping de Jacarepaguá estava com movimento intenso como na maioria dos dias. Um stand de vendas localizado logo na entrada do centro comercial em questão estava movimentado. Minha ida aquele estabelecimento de compras era apenas para entregar uma papelada a fim de assinar um contrato de prestação de serviço com uma operadora de telefonia móvel. Mas infelizmente não foi apenas dessa chatice burocrática que minha noite foi formada. 
    De repente um homem de aproximadamente quarenta anos sai correndo e, em questão de segundos, desaparece pela porta da frente do shopping. Todos olharam sem entender muito o que estava acontecendo. Os funcionários de uma famosa loja nacional de conveniências saíam parecendo também não compreenderem o porque daquela pessoa ir embora de uma forma tão desesperada. O tempo e os debates improvisados foram fazendo os curiosos desconfiarem do mais provável para aquela situação: roubo. E quando quase todos já estavam praticamente convencidos de que se tratava de um ladrão, uma Senhora sai da loja acompanhando uma criança em prantos de aproximadamente dez anos. Logo começaram a concluir que as pessoas roubadas tinham sido aquela mulher e sua provável neta. No entanto havia uma diferença brutal nas conclusões daquele povo que já se amontoava próximo ao local do acontecido. As vítimas eram realmente a senhora e a criança, no entanto, não se tratava de um roubo, a criança havia sofrido uma "suposta" tentativa de estupro.
    Quando sua avó surgiu gritando desesperada carregando pelas mãos aquela criança e dizendo aos sete ventos sobre o acontecido, meu pensamento foi apenas um, talvez igual ao de muitos ali: "Por que não fui atrás daquele bandido, por que..." . A Senhora contou que só percebeu após sua neta gritar: "Vó, me ajuda!". E quando notou, o desconhecido já estava por trás da garota, talvez pronto para levá-la a um local onde pudesse concretizar o crime. Ao perceber que e criança não estava sozinha e que um alarde já havia acontecido, o homem saiu desesperadamente em direção à rua. A menina chorava assustada sem entender que, provavelmente, estava prestes a se tornar mais um número para a gigante estatística de violência sexual em crianças e adolescentes no Brasil. E enquanto as pessoas comentavam assustadas sobre o ocorrido, chegam os seguranças parecendo interpretarem papéis de policiais americanos em filmes hollywoodianos: sempre atrasados. Um deles foi criticado pela avó da vítima. Manteve a calma, mas seu semblante que misturava um ar de marra e vergonha descrevia bem o erro que ele e sua equipe de colegas de profissão acabava de cometer, uma falha que poderia ser fatal e que permitiu um homem fugir sem prestar os devidos esclarecimentos de sua real intenção ao agir de forma tão suspeita com aquela menina.
    Certamente a criança carregará uma lembrança negativa que jamais esquecerá. Possivelmente terá que receber ajuda psicológica para superar o susto sofrido e por um bom tempo não se sentira confortável para transitar sozinha em lugares públicos. É importante ressaltar que nada pode ser cofirmado, haja vista que o suspeito fugiu sem deixar paradeiro. Mas o alerta deve ser acionado para que situações como esta não voltem a ocorrer principalmente em locais que foram criados também para estabelecerem uma maior segurança e tranquilidade para pessoas como as personagens centrais deste acontecido.